A osteopatia incide na visão holística do indivíduo, onde a relação física-psicológica-emocional/espiritual é a base do diagnóstico osteopático e o seu consecutivo tratamento. As consultas de osteopatia são indicadas desde a vida intrauterina até o ser mais idoso, não havendo contraindicações para a sua prática.
Na Europa, é cada vez maior a adesão dos pais às consultas de osteopatia desde o primeiro mês de vida, principalmente pelos grandes benefícios imediatos que a osteopatia tem nos mais pequenos, mas também na prevenção de complicações futuras.
A vida intrauterina e o momento do parto são muito importantes no desenvolvimento do bebé, pois podem implicar posicionamentos que alteram a mobilidade de determinadas estruturas, principalmente nos primeiros 18 meses de vida, em que o bebé passa de uma fase inerte a um ser cheio de energia.
Assim sendo, a consulta de osteopatia incide numa detalhada anamnese tendo em conta a gestação da mãe, o momento do parto e os primeiros dias de vida (avaliando qualidade de sono, alimentação, comportamento, etc.).
A primeira consulta de osteopatia pediátrica deve ser realizada até finalizar o primeiro mês de vida. Nesta fase, consegue-se evitar complicações que mais tarde vêm a evidenciar-se, como é o caso de escoliose, torcicolo, plagiocefalia (alteração da posição dos ossos do crânio), estrabismo, entre outros.
O parto é o primeiro momento marcante na vida do bebé, mas, antes de falarmos nele, temos ainda a vida intrauterina que é, sem dúvida, uma fase importante a ser seguida pelo osteopata, tanto para a saúde da mãe como para o bebé, pois um dos principais objetivos das consultas pré-natais (a partir das 12 semanas de gestação) é garantir que o parto seja o mais natural possível, tentando que haja boa mobilidade e bom posicionamento do bebé dentro do útero como, por exemplo, bebés posicionados na mesma posição precocemente podem ter consequências posturais (influência na forma do crânio).
Os sinais mais comuns a que os pais deverão estar atentos nos filhos e que, consequentemente, devem ser avaliados por um osteopata são: choro repentino durante o sono, bolsar sempre a seguir a mamar, dificuldade ou desconforto em estar de barriga para baixo ou de barriga para cima, tendência a inclinar o pescoço para um dos lados, obstipação, entre outros.
Pais tranquilos traduz-se em bebés felizes e a osteopatia pode ser um aliado na segurança e confiança dos recém-papás na realização de diferentes atividades motoras do dia a dia. Isto porque uma das partes da consulta de osteopatia pediátrica é o aconselhamento ao cuidador (ou “trabalho para casa”, como muitos chamam). Estes conselhos têm impacto na vida diária do bebé e poderão, por exemplo, prevenir casos de torcicolo ou disfagia.
O osteopata ajuda os pais a estarem atentos às diferentes fases de desenvolvimento do bebé, realçando sempre que devem ser respeitadas e nunca aceleradas pela vontade imensa de assistir o pequenote a dar os primeiros passos, por exemplo.