Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em todo o mundo, 3 milhões de mortes por ano resultam do consumo abusivo do álcool, representando 5,3% de todas as mortes. Portugal é um dos países com mais consumo de álcool “per capita”.
Existe uma relação causal entre o uso nocivo do álcool e uma série de transtornos mentais e comportamentais, além de doenças não transmissíveis e lesões.
O recurso à consulta de alcoologia deverá ser encarado como resposta de tratamento, mas também como resposta preventiva, no sentido de minimizar as consequências de saúde (físicas e/ou mentais), consequências socioprofissionais, judiciais e familiares.
Como saber se um consumo é moderado?
Para tal, é importante avaliar a tipologia de consumo. A Organização Mundial de Saúde considera as seguintes tipologias:
- Abstinência
- Consumo de Baixo Risco (até duas unidades de bebida padrão/dia (aprox. 20 g de álcool): padrão de consumo associado a pouca probabilidade de problemas de saúde e sociais. A quantidade máxima consumida varia de acordo com o género. O consumo deve ser repartido nas principais refeições, 5 dias por semana e com paragem de dois.
- Consumo de Risco (entre 4 e 6 unidades de bebida padrão/dia (aprox. 40 – 60 g de álcool): padrão de consumo ocasional ou continuado, que aumenta a possibilidade de ocorrência de consequências prejudiciais.
- Consumo Nocivo (mais de 6 unidades de bebida padrão/dia ( > 60 g de álcool): padrão de consumo que causa danos à saúde, quer físicos, quer mentais, acompanhado ou não de consequências sociais negativas. Contudo, não preenche os critérios de dependência.
- Dependência: padrão de consumo que desenvolve um conjunto de fenómenos fisiológicos, cognitivos e comportamentais após o consumo continuado de álcool. Se o consumo for interrompido, pode ocorrer síndrome de abstinência. Inclui o desejo intenso de consumir, descontrolo sobre o uso, manutenção do consumo, independentemente das consequências. É fundamental uma intervenção precoce.
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