O psicólogo tem como objetivo a compreensão e o desenvolvimento do ser humano, dos seus comportamentos, pensamentos e sentimentos. Considera-se fundamental existir uma relação de empatia entre o psicólogo e o doente, pois só assim será possível aprofundar a sua realidade, as suas emoções, as suas experiências, os seus afetos e as suas fragilidades.
A sua prática é realizada com base no conhecimento do regulamento e cumprimento do código deontológico. O psicólogo exerce a sua atividade de acordo com os pressupostos científicos e técnicos da profissão, promovendo uma formação pessoal adequada e uma constante atualização profissional.
O psicólogo encontra-se disponível para auxiliar e clarificar a construção do pensamento, a resolução de problemas, a tomada de decisão, a gestão de vida, a gestão de relações, a gestão do contexto profissional, a ansiedade, os traumas, as fobias, entre muitas outras problemáticas. O seu papel consiste em apoiar a construção do percurso do doente, encontrando em conjunto soluções para as questões que causam incómodo, mudança, crescimento e desenvolvimento.
Os seus pressupostos assentam no bem-estar psicológico, na promoção da saúde mental, na prevenção da doença, na diminuição do sofrimento e na melhoria da qualidade de vida.
Processo Terapêutico
Na primeira sessão, é da responsabilidade do psicólogo realizar o acolhimento, assumindo desde logo o caráter relacional. Para facilitar o contacto inicial, o psicólogo tenta proporcionar uma forma de normalidade conjunta, comprometida. De seguida, são apresentadas as regras para o desenvolvimento normal e integrativo das sessões.
O processo terapêutico proporciona ao doente uma experiência integral e plenamente consciente de todas as suas reações, emoções e sentimentos. Permite o alargamento do autoconhecimento do doente, dos seus comportamentos, emoções e ações, para que no futuro, em diferentes situações, seja capaz de as resolver de forma autónoma e saudável.
Ao longo do processo, o psicólogo atua de maneira a facilitar a emergência das emoções e as memórias das experiências do passado. O psicólogo não bloqueia a expressão de sentimentos, o que permite a sua manifestação profunda. A sua atitude é de aceitação incondicional e ao mesmo tempo neutra pois não existe julgamento.
Relação Terapêutica
A relação terapêutica que tem por base o respeito e a confiança, implica um compromisso entre o psicólogo e o doente desde a primeira sessão e ao longo de todo o processo. Desta forma, ambos estão em sintonia para que em conjunto seja possível atingir os objetivos do doente.
É uma relação onde não existem máscaras, permitindo a verdadeira expressão dos sentimentos e atitudes. O doente liberta-se e assume a complexidade dos seus problemas e sentimentos.
Compete ao psicólogo demonstrar genuinidade, empatia e interesse de modo a facilitar a expressão de necessidades, dificuldades, potencialidades e objetivos por parte do doente.
Em relação ao doente, considera-se importante que realize um trabalho contínuo, no sentido de se responsabilizar pelo processo terapêutico, de tomar consciência dos seus comportamentos, das suas ações, realizando pequenas mudanças para poder alcançar os seus objetivos e um desenvolvimento pessoal. A qualidade desta relação vai permitir que o doente mais facilmente se exprima, se identifique, se respeite e acima de tudo se sinta bem.
Ao decidir procurar ajuda estará a realizar um investimento em si próprio.