O cancro da mama continua a ser o tumor maligno mais comum na mulher, atingindo em média, uma em cada oito mulheres durante a sua vida.
O diagnóstico precoce e mais preciso do cancro da mama desempenha um papel fundamental na redução da mortalidade e na melhoria do prognóstico desta doença. Para atingir estes objetivos são fundamentais métodos de imagem de alta qualidade dos quais se destaca a Mamografia, que é a técnica mais utilizada para a deteção de lesões não palpáveis. Porém, apesar da Mamografia ser um exame amplamente disponível apresenta limitações, advindas especialmente, da bidimensionalidade do método e da falta de contraste tecidual entre as estruturas. A sobreposição tecidual e o aumento da densidade mamária podem esconder lesões ou dificultam a sua identificação.
No sentido de colmatar as limitações de diagnóstico da Mamografia foram desenvolvidas novas técnicas como a Tomossíntese Mamária, também designada Mamografia-3D, que é uma técnica que tem sido progressivamente instalada nas unidades de mama.
Na Tomossíntese, o tecido mamário é estudado através da aquisição de múltiplas projeções de raios-X de baixa dose que são posteriormente reconstruídas para criar imagens tridimensionais. O maior beneficio desta técnica é a redução da sobreposição dos tecidos que compõem a mama, responsáveis por uma percentagem significativa de reconvocações para realização de outros exames, como por exemplo a ecografia mamária, por criar imagens falsas que simulam lesões, ou por não demonstrar uma lesão devido à sobreposição de tecidos.
As indicações da Tomossíntese são as mesmas da Mamografia. Deve ser utilizada no rastreio em mulheres assintomáticas, na deteção precoce do cancro da mama, juntamente com a mamografia. Pode ser indicada em todos os padrões mamográficos, embora tenha maior valor nos padrões “C” (heterogeneamente denso) e “D” (extremamente denso).
Nos casos diagnósticos, incluindo mulheres submetidas a tratamentos conservadores de cancro da mama, a Tomossíntese aumenta a acuidade diagnóstica e reduz a utilização de incidências mamográficas adicionais, principalmente compressões seletivas.
A Tomossíntese apresenta um papel decisivo na confirmação de lesões cutâneas, avaliação de achados numa única incidência (principalmente assimetrias mamárias), lesões palpáveis, além de reduzir o número de lesões benignas que são mal interpretadas na Mamografia como malignas, bem como em diminuir o número de biópsias e procedimentos invasivos desnecessários.
A Tomossíntese, como novo método de rastreio, é um passo positivo na deteção de tumores em fase precoce, quando a probabilidade de cura é maior e os tratamentos menos agressivos.
Salienta-se ainda que a dose de radiação para a realização de Tomossíntese não é significativamente diferente de uma mamografia convencional.
O Serviço de Imagiologia do Trofa Saúde Braga Sul é um dos primeiros hospitais portugueses a disponibilizar esta nova técnica. A execução do exame é em tudo igual à de uma mamografia convencional, sendo a Tomossíntese supervisionada e interpretada em tempo real por um dos nossos Médicos Radiologistas especialistas em imagem mamária, que decide se é necessário executar algum procedimento adicional ou da necessidade de seguimento de alguma alteração.
O Trofa Saúde Braga Sul dispõe também de todos os aparelhos, tecnologias e profissionais para o estudo completo das lesões mamárias, designadamente Ressonância magnética mamária, ecografia e biópsia mamária guiada por imagem, bem como de consulta especializada em patologia mamária.
Informe-se com o seu médico.