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Asma e gravidez

publicado em 25 Ago. 2023

A asma é caracterizada pela inflamação crónica das vias aéreas e definida pela presença de sintomas respiratórios, tais como falta de ar, tosse, pieira e opressão torácica.

 

A asma afeta cerca de 10% das grávidas. Em relação ao diagnóstico, a maioria das mulheres já tem um diagnóstico conhecido, mas em alguns casos os sintomas podem surgir pela primeira vez durante a gravidez.

Como é que a gravidez afeta a asma?

A gravidez pode influenciar a gravidade e o controlo da asma. Cerca de um terço das grávidas nota agravamento de sintomas, um terço melhora e um terço mantém o controlo prévio à gravidez.

 

A ocorrência de agudizações é frequente, sobretudo durante o segundo trimestre. As exacerbações e o mau controlo da doença durante a gravidez podem ser devidos a fatores mecânicos, hormonais, por interrupção ou redução da medicação habitual.

 

Durante o parto as agudizações são incomuns, mas se acontecerem tratam-se do mesmo modo que noutras situações.

Como é que a asma afeta a gravidez?

A asma bem controlada durante a gravidez não traz um risco superior de complicações tanto maternas como fetais. Assim, apesar das reservas relativamente ao uso de medicação durante a gravidez, os benefícios do tratamento da asma ultrapassam largamente qualquer potencial risco da medicação de controlo e de alívio.

 

Por outro lado, o controlo inadequado dos sintomas e agudizações durante a gravidez estão associados a consequências negativas, tanto para a mãe (pré-eclampsia, parto distócico, diabetes gestacional), como para o feto (parto prematuro, baixo peso gestacional, aumento da mortalidade perinatal).

Como se faz o seguimento de uma grávida com asma?

Durante este período, o cumprimento do tratamento é fundamental, deve ser incentivada a realização de atividade física adequada, bem como ter em conta a importância de evitar infeções respiratórias e os fatores causadores de alergia, para além de irritantes como o fumo de tabaco.

 

Assim, é recomendado realizar um controlo mensal sob a orientação de um Imunoalergologista, já que este seguimento parece aumentar a adesão ao tratamento o que implica também um melhor controlo da asma.