A Síndrome do Canal Cárpico é a neuropatia compressiva periférica mais comum. Ocorre quando há um aumento progressivo das pressões intracanalares do nervo mediano no canal cárpico, com disfunção progressiva do nervo. Este canal existe na base da palma da mão e lá passam 9 tendões dos músculos flexores em conjunto com o nervo mediano.
Esta síndrome afeta até 10% da população geral. É mais frequente no sexo feminino, na faixa etária dos 30-60 anos e em cerca de 60% das pessoas ocorre atingimento bilateral das mãos.
Causas
- trauma repetido (“overuse”) – muito relacionado com o tipo de trabalho;
- obesidade;
- gravidez;
- hipotiroidismo;
- artrite reumatoide;
- neuroamiloidose;
- diabetes Mellitus.
Sintomas
- parestesias (“formigueiros” “adormecimento”);
- dor, que agrava à noite; sensação de menos força muscular e menos capacidade de controlar movimentos;
- diminuição da sensibilidade e atrofia músculos junto ao polegar numa fase mais avançada.
Diagnóstico
Diagnóstico clínico, associado à Eletromiografia. Outros exames como o Raio-x, a Ecografia ou a RMN podem servir para excluir outras patologias que possam ter sintomas semelhantes.
Tratamento
- conservador – talas noturnas, corticóide (oral ou por infiltração);
- cirúrgico – quando não resulta o tratamento conservador ou na fase aguda após fratura do rádio distal. A cirurgia tem 98% de taxa de sucesso. O que é realizado é a secção do ligamento transverso do carpo.
Complicações
A complicação mais comum é a dor na região da cicatriz; lesão ramo motor recorrente (leva a atrofia da musculatura próxima do polegar na palma da mão, de forma progressiva); permanência ou recidiva dos sintomas.
