O cancro do pulmão é uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo. Em Portugal regista uma incidência crescente, particularmente em pessoas com mais de 65 anos.
Existem vários fatores de risco para desenvolver esta doença, mas muitas das pessoas com cancro do pulmão podem nunca ter sido expostas:
• Fumar: o risco de desenvolver cancro do pulmão é 10 a 30 vezes superior para fumadores do que para não fumadores.
• Exposição a cancerígenos ocupacionais: a exposição a arsénio, asbestos, crómio, níquel, radão e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, entre outros, é o segundo fator de risco mais importante.
• Género: a incidência deste tipo de cancro afeta 3 vezes mais os homens que as mulheres, que iniciaram os hábitos tabágicos mais tardiamente que os homens.
• Fatores genéticos: à semelhança de outros tipos de cancros, considera-se a hipótese de alguns defeitos hereditários no ADN dos cromossomas estar relacionado com o aumento de probabilidade de desenvolver cancro.
A maioria dos doentes apenas recorre ao seu médico após o aparecimento de sintomas. As fases iniciais podem ser assintomáticas ou podem aparecer queixas que são facilmente confundidas com outras doenças respiratórias. Os sintomas mais frequentes são: cansaço, perda de apetite e peso, tosse seca persistente, tosse com sangue, dificuldade respiratória, dor no peito e infeções respiratórias recorrentes.
A biópsia é a única forma de diagnosticar o cancro do pulmão e as imagens radiológicas e metabólicas (TAC e PET) servem para identificar a localização do tumor e determinar se este já disseminou para outras partes do corpo ou não.
Antes de decidir o tratamento para o cancro do pulmão, o médico deve ter conhecimento do tamanho do tumor, a sua localização e o estado geral de saúde do doente.
A cirurgia, potencialmente curativa, sempre que possível, é o tratamento de primeira escolha. Deve ser o menos agressiva possível, e consiste na remoção completa do tumor, através de uma lobectomia, e dos gânglios linfáticos circundantes.
No Trofa Saúde Hospital em Alfena temos uma equipa especializada e treinada para o tratamento do cancro do pulmão por cirurgia minimamente invasiva. Esta técnica consiste na realização de resseções pulmonares por um único orifício no tórax de 2-4 cm (uniportal) com recurso à Vídeo-Cirurgia (VATS). Os benefícios são indiscutíveis: menos dor, melhor resultado estético, preservação da função pulmonar, internamento mais curto, recuperação mais célere, maior satisfação, menor risco de dor crónica e melhor qualidade de vida para os nossos doentes. Por isso, a VATS uniportal tornou-se na abordagem de eleição no tratamento do cancro do pulmão nos melhores centros de referência em todo o mundo.