No dia 16 de outubro celebra-se o Dia Mundial da Alimentação sendo este dia um de apelo à erradicação da fome, ao fácil acesso a alimentos nutritivos. Este dia tem, ainda, o intuito de desenvolver uma reflexão a respeito do quadro atual da alimentação mundial.
Sabia que mais de mais de 800 milhões de pessoas não têm alimentos suficientes? Sabia que apesar de a fome estar a aumentar, neste momento se desperdiça mais de mil milhões de toneladas de alimentos por ano?
Que este seja o momento no qual refletimos sobre os nossos hábitos alimentares, sobre o desperdício, e sobre como podemos ajudar a mudar o quadro da alimentação mundial. Todas as atitudes contam! Por isso importa evidenciar também o impacto que a alergia alimentar tem na vida de um doente e da sua família, quer a nível económico, quer a nível social. Sabia que mais de 17 milhões de pessoas sofrem de alergia alimentar na Europa?
O doente alérgico enfrenta dificuldades diárias, na tentativa de evitar consumir o alimento a que é alérgico, evitando por diversas vezes realizar refeições fora de casa, atitude que acaba por ter um grande impacto na sua qualidade de vida, e na dinâmica familiar. Os custos na alimentação são frequentemente superiores aos que eram antes do diagnóstico (ou da suspeita diagnóstica), dado que os alimentos que habitualmente substituem os mais alergénicos têm um custo superior. Muitos doentes, quer por desconhecimento de alternativas alimentares, quer por dificuldade económica, iniciam dietas de evicção sem substituição nutricional, o que acarreta, sobretudo nas crianças, risco de desnutrição ou má nutrição. Desta forma é importante que o diagnóstico seja realizado de forma rápida e correta.
A procura de um Imunoalergologista é de extrema importância caso suspeite de uma alergia alimentar. Através da realização de testes cutâneos, do doseamento de imunoglobulinas específicas (análises sanguíneas), e de provas de provocação oral, o diagnóstico é esclarecido, sendo por diversas vezes excluído.
Quando o diagnóstico de alergia alimentar é confirmado, explicam-se que medidas de evicção alimentar se devem manter, de que forma se devem substituir os alimentos proibidos, e explica-se de que forma se trata uma reação aguda, no caso de ingestão inadvertida do alimento. Cria-se uma rede de apoio ao doente alérgico, que beneficiará também da Consulta de Nutrição. Quando, pelo contrário, o diagnóstico é excluído, evitam-se evicções alimentares desnecessárias, bem como o consumo de alimentos economicamente mais dispendiosos, e melhora-se significativamente a qualidade de vida do indivíduo.
Assim, se apresenta sintomas relacionados com ingestão alimentar, consulte o seu Imunoalergologista, para esclarecimento diagnóstico e uma orientação terapêutica adequada.