A amigdalite é um processo inflamatório das amígdalas palatinas, localizadas na garganta. É mais frequente na idade pediátrica, contudo também pode surgir em adultos. Apresenta maior incidência no Outono e Inverno.
Os sintomas mais comuns da amigdalite aguda são dor de garganta, dificuldade em engolir, alteração da voz, mau hálito, mal-estar geral e febre.
A maioria dos casos de amigdalite é causada por um vírus. Os vírus mais comuns neste processo são o adenovirus, rhinovirus, vírus influenza, coronavirus e vírus sincicial respiratório. A amigdalite bacteriana está associada a sintomas mais severos e costuma ser provocada pela bactéria Streptococcus ß-hemolitico do grupo A. A infeção transmite-se através de contacto com secreções do nariz ou garganta, difundidas através de gotículas respiratórias.
O diagnóstico de amigdalite aguda é clínico e efetuado pela observação da garganta e constatação do processo inflamatório. Na maioria dos casos, não são necessários exames complementares de diagnóstico.
Contudo, a amigdalite pode evoluir desfavoravelmente e resultar em complicações. A infeção pode progredir para regiões mais profundas e originar um abcesso, provocando aumento da dor e dificuldade em abrir a boca. O abcesso peri-amigdalino pode comprometer a via aérea e necessita de drenagem urgente. Mais raramente, a amigdalite pode ainda estar associada a complicações cardíacas (miocardite ou patologia valvular), articulares (dor recorrente) ou neurológicas.
O tratamento da amigdalite aguda é variável conforme a sua etiologia. Na amigdalite vírica, o tratamento é direcionado para controlar a dor e a febre. No caso da amigdalite de origem bacteriana, a antibioterapia torna-se necessária. Uma boa hidratação e repouso são medidas importantes para uma recuperação mais rápida.
Em doentes com infeções recorrentes pode estar indicada a utilização de imunoestimulantes. Estes fármacos vão treinar o organismo de forma a melhorar a resposta do sistema imunitário aquando de uma nova exposição ao agente infecioso, aumentando assim a resistência a novas infeções. Quando esta terapêutica não surte o efeito desejado, a cirurgia deve ser equacionada. A amigdalectomia está indicada em casos de amigdalites recorrentes ou antecedentes de complicações como o desenvolvimento de abcessos.
O médico Otorrinolaringologista pode estabelecer o diagnóstico e excluir a presença de complicações. Poderá ainda identificar as causas subjacentes ao desenvolvimento destas infeções, bem como programar o plano terapêutico mais adequado à sua situação clínica.
O Trofa Saúde, nas suas diversas unidades, conta com uma equipa diferenciada de médicos Otorrinolaringologistas ao seu dispor para tirar as suas dúvidas e o poder ajudar.