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Cancro da pele: fique atento aos “sinais” que a sua pele lhe dá!

publicado em 05 Dez. 2020

O cancro da pele é o mais recorrente na espécie humana e a sua frequência tem aumentado nas últimas décadas, bem como o seu aparecimento em idades cada vez mais jovens. Os carcinomas basocelulares e espinocelulares são os mais frequentes, representando em conjunto cerca de 90%. O melanoma maligno constitui cerca de 5%, mas é responsável por cerca de 2/3 das mortes por cancro da pele, sendo por isso o mais temido.

 

Os principais fatores de risco para cancro da pele são: exposição solar (quer cumulativa em profissões ao ar livre, quer intermitente, por exemplo, em férias ou lazer); frequência de solários; antecedentes de queimaduras solares na infância ou adolescência; fototipo baixo (pele e olhos claros, “sardas”); elevado número de “sinais” (ou nevos); presença de nevos atípicos; nevos congénitos gigantes; história pessoal/familiar de outros cancros de pele; genodermatoses com incapacidade de reparação do DNA e imunodepressão (exemplo: transplantados).

 

Sabia que 80% da radiação tolerada pela pele acontecem por volta dos 18 anos? E que as queimaduras solares na infância ou adolescência são um dos principais fatores de risco de melanoma na idade adulta?

 

Ter sinais e manchas é normal e a maioria não tem risco. Mas alguns podem ser um alerta de algo mais grave. Habitue-se a examinar a sua pele, uma vez por mês, em todo o corpo, para detetar sinais ou manchas suspeitos. Não esqueça aquelas áreas mais difíceis de observar, como couro cabeludo, atrás das orelhas, as nádegas, entre os dedos e plantas dos pés, nas unhas, os órgãos genitais, bem como entre e por baixo dos seios nas senhoras.

 

E o que deve valorizar? Sinais que mudam de tamanho, cor ou forma, que sejam assimétricos, com várias cores e que pareçam diferentes dos outros. São também importantes sinais que apareceram de novo, se forem ásperos ou descamativos, se derem comichão, se ficam vermelhos à volta, sangrar ou deitar líquido.

 

Cuidado com aquela feridinha que nunca mais cicatriza ou cicatriza em falso! E com aquele altinho que apareceu, parece uma borbulha, mas nunca mais desaparece! E a “casquinha” que cai, mas teima em aparecer sempre no mesmo local! Na dúvida, consulte imediatamente o seu dermatologista.

 

A observação da pele por um especialista treinado, conjugada com meios auxiliares de diagnóstico não invasivos, como a dermatoscopia, permite um diagnóstico precoce, levando à cura do tumor na maioria dos casos, quer seja através de cirurgia, laserterapia, crioterapia, eletroterapia, curetagem ou outros. O diagnóstico em fases tardias acarreta elevada mortalidade e morbilidade.

 

É, portanto, importante dar ênfase à deteção e tratamento precoces. A pele é um órgão acessível à observação por cada um de nós. Faça regularmente o autoexame da sua pele. Não ignore os “sinais” que a sua pele lhe dá! Visite periodicamente o seu dermatologista.