O cancro da pele é a neoplasia mais frequente na espécie humana e a sua incidência tem vindo a aumentar nas últimas décadas bem como o seu aparecimento em idades cada vez mais jovens. Os carcinomas basocelulares e espinocelulares são os mais frequentes, representando em conjunto cerca de 90%. O melanoma maligno constitui cerca de 5% mas é responsável por cerca de 2/3 das mortes por cancro da pele, sendo por isso o mais temido. Nos EUA estima-se que ocorra uma morte por hora por melanoma e que 1 em cada 70 cidadãos esta em risco de poder contrair melanoma.
São fatores de risco para cancro da pele: exposição solar (tanto cumulativa, por exemplo, profissões ao ar livre, como intermitente e intensa, férias ou lazer); frequentadores de solários; pessoas que sofreram queimaduras solares durante a infância ou adolescência; fototipo baixo (pele e olhos claros, “sardas”); elevado número de “sinais” (ou nevos); presença de nevos atípicos; nevos congénitos gigantes; genodermatoses com incapacidade de reparar o DNA como por ex. xeroderma pigmentosum; história pessoal ou familiar de outros cancros de pele e imunodepressão (por exemplo, transplantados ou com SIDA).
É normal ter sinais e manchas, no entanto, de vez em quando podem ser um aviso de algo mais grave. Habitue-se a examinar a sua pele uma vez por mês em todo o corpo para detetar sinais ou manchas suspeitos. Não esqueça aquelas áreas mais difíceis de observar como couro cabeludo, atrás das orelhas, as nádegas, entre os dedos e plantas dos pés, nas unhas, bem como entre e por baixo dos seios nas senhoras. Dê atenção a sinais que mudam de tamanho, cor ou forma, que sejam assimétricos, >6mm de diâmetro, que tenham várias cores e que pareçam diferentes dos outros. Valorize também se forem ásperos ou descamativos, dão comichão, ficam vermelhos à volta, sangram ou deitam líquido. Cuidado com aquela feridinha que nunca mais cicatriza ou cicatriza em falso! E com aquele altinho que apareceu, parece uma borbulha mas nunca mais desaparece! E a “casquinha” que cai mas teima em aparecer sempre no mesmo sítio! Na dúvida consulte imediatamente o seu dermatologista. Lembre-se que o diagnóstico precoce leva, na maioria dos casos à cura do tumor, mas o diagnóstico em fases tardias acarreta elevada mortalidade e morbilidade pelo que é necessário dar ênfase à deteção precoce e à evicção de comportamentos de risco.
E o que pode fazer para minimizar o risco de desenvolver cancro da pele? Proteja-se do sol! A exposição solar deve ser gradual e é absolutamente desaconselhada nos períodos de maior incidência dos raios UV, entre as 11 e as 17h. Programe as suas atividades de lazer ao ar livre para fora deste período, sejam elas passeios, caminhadas, pescaria, jardinagem, desporto ou outros. Maximize as medidas de proteção solar aplicando, 20-30 minutos antes de sair de casa, um protetor solar com fator de proteção? 30 e repita a aplicação de 2/2h, sempre que transpirar em excesso ou sempre que vai à agua. Proteja a sua pele e olhos também com chapéus de aba larga, t-shirt e óculos de sol. Evite as queimaduras solares e os solários!
O “Dia do Euromelanoma” consiste numa campanha anual que promove a consciencialização, prevenção, conhecimento precoce e tratamento do Melanoma através dum rastreio público.
