A pneumonia é uma infeção respiratória aguda que afeta os pulmões. Os pulmões são constituídos por pequenas bolsas chamadas “alvéolos”, que se enchem de ar quando uma pessoa saudável respira. Na pneumonia, os alvéolos ficam preenchidos de líquido e pus, tornando dolorosa a respiração e limitando as trocas respiratórias, indispensáveis à vida.
Em Portugal, as pneumonias são a segunda causa de morte (1 óbito a cada 93 minutos), depois do enfarte miocárdio, sendo particularmente letal acima dos 65 anos. Pode ser causada por uma vasta gama de agentes infeciosos, incluindo vírus, bactérias e fungos.
São fatores de risco para adquirir pneumonia: os extremos de idade (abaixo dos 2 e acima dos 65 anos), a existência de doenças crónicas (diabetes, asma, doença pulmonar obstrutiva crónica, insuficiência cardíaca ou hepática), estados de imunossupressão (imunodeficiências como a SIDA, transplantados, indivíduos sob quimioterapia ou terapêutica imunossupressora, sem baço ou com síndrome nefrótico), o tabagismo e o alcoolismo.
Os sinais e sintomas incluem febre, falta de ar, tosse, expetoração, dor no peito ou nas costas, geralmente em picada e que agrava com a inspiração, cansaço, falta de apetite e desorientação (sobretudo nos idosos).
O diagnóstico passa pela combinação dos sinais e sintomas e alterações no RX tórax. Feito o diagnóstico, o próximo passo é determinar o grau de gravidade e o melhor local de tratamento. Para esse efeito existem escalas preditoras do prognóstico que estimam o grau de gravidade e se o doente pode ser tratado em ambulatório ou precisa de ser hospitalizado (numa enfermaria ou numa unidade de cuidados intensivos). Porém, cabe ao médico a decisão final, uma vez que estas escalas não têm em conta as características individuais do doente, que podem interferir com a capacidade e segurança do tratamento.
Na grande maioria dos casos, a etiologia é desconhecida na altura do diagnóstico, pelo que se inicia tratamento empírico, tendo em conta a gravidade da doença e as patologias crónicas. Sobretudo nos doentes que necessitam de internamento é boa prática a colheita de produtos biológicos (expetoração, sangue, urina) de modo a identificar o agente e dirigir o tratamento. Durante a época sazonal da gripe, recomendam-se testes moleculares para o vírus em doentes com clínica sugestiva. O tempo de tratamento varia de acordo com a gravidade e possíveis complicações.
A ausência de melhoria em cinco dias deve levar à investigação de agentes resistentes, complicações locais, ou focos alternativas de infeção.
Os pilares da prevenção primária da pneumonia passam pela cessação de hábitos tabágicos, vacinação sazonal da gripe e vacinação antipneumocócica a todos os doentes de risco.
O Trofa Saúde Hospital em Alfena está apto a tratar doentes com pneumonias, mesmo as graves e complicadas, dispondo de um Serviço de Cuidados de Intensivos com capacidade para dar suporte a esses doentes.