O mundo enfrenta atualmente um dos períodos mais críticos e exigentes das últimas décadas motivado pela Pandemia de COVID-19. Se, por um lado, verificamos um crescente aumento da mortalidade atribuída ao SARS-CoV-2, por outro lado, as doenças cardiovasculares continuam a ocupar o topo da tabela de mortalidade, tanto em doentes positivos como em negativos para a COVID-19. As restantes doenças, para além da COVID-19, continuam a existir e estamos a assistir a um fenómeno crescente nas mesmas por via da falta do controlo e do acompanhamento. Com o medo que as pessoas têm em sair de casa, estão a descurar os cuidados de saúde básicos, os rastreios periódicos, os exames de rotina e a possibilidade de deteção precoce de certas doenças. O que não pode acontecer!
A existência de uma Pandemia não pode ser “desculpa” para deixar de lado o controlo de fatores de risco cardiovasculares, que são entendidos como condições que determinam um aumento na probabilidade de aparecimento de um evento cardiovascular agudo e contribuem para o seu desenvolvimento.
Podemos classificar os fatores de risco cardiovascular em dois tipos fundamentais:
- Modificáveis: são os que numa perspetiva de prevenção podem e devem ser corrigidos (tabagismo, hipertensão arterial, obesidade, consumo de álcool, diabetes, sedentarismo e dislipidemia);
- Não modificáveis: incluem a idade, o sexo e a história pessoal e familiar de doença cardiovascular.
Os períodos de confinamento e as restrições impostas pela pandemia de COVID-19 colocam-nos vários desafios, que advêm de constantes mudanças e consequentes adaptações.
Assim, torna-se fundamental enquadrar o controlo de fatores de risco modificáveis no contexto epidemiológico. Desta forma, mantém-se como crucial um seguimento regular pelo seu Médico Assistente, com vista à deteção precoce de fatores de risco modificáveis, e outros riscos, que podem ser enquadrados num plano de intervenções individualizado para o seu controlo.
A Pandemia de COVID-19 deve ser um tempo de reforço da saúde cardiovascular e não um tempo de medo. Nas unidades hospitalares Trofa Saúde, através da Consulta Externa, encontrará uma equipa com as competências técnicas e meios de diagnóstico necessários para um seguimento adequado, com toda a segurança e conforto exigidos nos dias de hoje.
Que saibamos diariamente fazer a escolha certa: a saúde. Não se esqueça que nem tudo é COVID-19, todas as outras doenças continuam a surgir e que o diagnóstico precoce pode, por um lado, salvar a sua vida e, por outro, permitir-lhe viver com maior qualidade de vida. Não desmarque as consultas, não falte aos tratamentos nem descure os exames e análises. No Trofa Saúde seguimos as recomendações da DGS para sermos uma unidade segura e de confiança.