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Infeções respiratórias no inverno: o papel do médico de Medicina Interna

publicado em 05 Dez. 2018

Nesta altura do ano, as infeções respiratórias, gripes, pneumonias tornam-se mais prevalentes e motivo de consultas urgentes ou de ambulatório.

 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, as infeções respiratórias constituem a doença transmissível mais mortal em todo o mundo, sendo a causa de mortalidade global mais frequente logo a seguir às doenças cardiovasculares.

 

As infeções respiratórias podem afetar as vias respiratórias superiores ou inferiores, com destaque para a pneumonia e a traqueobronquite aguda. Estas podem afetar qualquer indivíduo e todas as faixas etárias, mas são mais frequentes na presença de determinados fatores de risco: extremos de idade (crianças e idosos), tabagismo, alcoolismo, infeções víricas recentes (gripe), doenças respiratórias crónicas, cirurgia ou traumatismo recentes, certas doenças (diabetes, cirrose, alterações da deglutição) ou estados de imunodepressão. A correta identificação destes fatores e a vacinação antigripal ou antipneumocócica são componentes essenciais na prevenção das infeções respiratórias.

 

As manifestações clínicas mais comuns das infeções respiratórias são febre, tosse, expetoração e falta de ar, mas também dor no peito, dores de cabeça, fadiga, perda de apetite, dores abdominais ou diarreia, e até confusão ou prostração, sobretudo nos doentes mais idosos.

 

A grande maioria das pneumonias tem uma apresentação aguda. Vários agentes microbianos podem ser responsáveis pelas infeções respiratórias, incluindo bactérias ou vírus, condicionando quadros clínicos distintos.

 

Deste modo, a urgência hospitalar surge como o local de excelência para a abordagem inicial das infeções respiratórias. Na urgência hospitalar podem ser realizados, além da avaliação clínica, os exames complementares de diagnóstico para a correta identificação das infeções respiratórias e das suas causas, nomeadamente análises, radiografia torácica e a tomografia computorizada (TAC).

 

O tratamento dependerá do agente causador da infeção respiratória e inclui, por exemplo, antibióticos se a causa for uma bactéria. A avaliação no Serviço de Urgência permite ainda identificar os critérios de gravidade que podem justificar o internamento hospitalar, tal como recomendado pela Direção-Geral de Saúde.

 

A Medicina Interna surge neste contexto como a especialidade médica fulcral na gestão do doente com doença respiratória aguda.

 

Se os seus sintomas iniciais não melhorarem, não desvalorize e recorra a uma unidade do Trofa Saúde Hospital, através do Serviço de Urgência ou da consulta programada, para uma correta avaliação e orientação de diagnóstico e tratamento.