A palavra metabolismo deriva do grego “metabola”, que significa mudança e descreve um conjunto de processos químicos e físicos que ocorrem no nosso organismo para satisfazerem as necessidades energéticas do corpo.
Sendo o oxigénio e os alimentos as nossas principais fontes de energia e vitais para o processo metabólico, facilmente compreendemos o quão importante deve ser a seleção daquilo que ingerimos.
O metabolismo difere de um indivíduo para outro, podendo variar em pessoas do mesmo sexo, idade, peso e altura. Há fatores condicionantes que não podemos alterar, tais como os componentes genéticos e hormonais, mas outros fatores há que influenciam, igualmente, a taxa metabólica.
A percentagem de massa muscular é particularmente importante e com o avançar da idade, o metabolismo diminui progressivamente, devido, não só, à diminuição da atividade celular, mas também à ocorrência das alterações hormonais e a uma natural redução da massa muscular.
Existem ainda fatores extrínsecos que podem “condicionar” um metabolismo mais lento do que o normal, tais como o sedentarismo, ciclos repetidos de ganho e perda ponderal, dieta desequilibrada, hipotiroidismo, consumo insuficiente de
água ou sono inadequado.
O emagrecimento e o metabolismo estão relacionados porque este está diretamente relacionado com o gasto de energia que o organismo tem ao longo do dia e há vários componentes do gasto energético total. O principal é a taxa de metabolismo basal que representa cerca de 70 % do total e refere-se às calorias gastas para manter as funções básicas do corpo em repouso. O restante gasto energético advém das calorias gastas na digestão dos alimentos (cerca de 10%) e na atividade física diária. Sendo assim, é facilmente compreensível a obrigatoriedade de o número de calorias gastas e ingeridas serem equivalentes para que haja a manutenção do peso.
Acelerar o meu metabolismo é possível?
Sim! Exercer a prática regular de exercício físico contribui muito para o gasto calórico diário, que só por si aumenta a taxa de metabolismo basal e ainda promove o aumento da massa muscular. O ideal é praticar exercício físico, intercalando entre exercícios físicos de maior intensidade e outros de menor intensidade. Desta forma, após um treino de 30 minutos, o corpo continuará a “queimar” calorias até uma hora depois da atividade, o que acelera o metabolismo e favorece o emagrecimento.
Manter o corpo hidratado também é essencial, pois a água é o solvente que serve de base a todas as reações metabólicas e existe ainda gasto energético para fazer o equilíbrio térmico, quando esta é ingerida.
O consumo adequado de proteínas também desempenha um papel relevante, pois a sua digestão consome mais calorias do que a digestão dos hidratos de carbono ou das gorduras. A ingestão de refeições com intervalos regulares também é benéfica, pois estimula a termogénese alimentar. Uma noite de sono de qualidade é um fator de grande importância, pois a insónia associa-se à produção de hormonas como a grelina, que condiciona o aumento do apetite e do cortisol que favorece a concentração de gordura a nível abdominal.
Para finalizar, devo referir que o acompanhamento por um endocrinologista pode ser decisivo no diagnóstico e tratamento de doenças que afetam diretamente o metabolismo. Diagnosticar, atempadamente, alterações a nível das glândulas endócrinas contribuirá para atingir o equilíbrio metabólico essencial ao funcionamento adequado do indivíduo como um todo.